BIODANZA RESENHAS E TEMAS



VINCULAÇÃO EM BIODANZA, O PRINCÍPIO BIOCÊNTRICO E A DANZA DA AMIZADE E A ÉTICA DO CUIDADO.


VÍNCULAÇÃO EM BIODANZA:


·         Vínculo consigo mesmo

·         Vínculo com o outro

·         Vínculo com o grupo



O cuidado e vínculo direcionam para que haja responsabilização e compromisso no ato do vínculo, e que esse desejo é compartilhado pela grupo de Biodanza numa dimensão de confiança, entrega e afetividade.

No Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, o termo acolhimento está relacionado ao “ato ou efeito de acolher; recepção, atenção, consideração, refúgio, abrigo, agasalho”. E acolher significa: dar acolhida ou agasalho a; hospedar; receber: atender; dar crédito a; dar ouvidos a; admitir, aceitar; tomar em consideração; atender a”. Já vínculo é “tudo o que ata, liga ou aperta; ligação moral; gravame, ônus, restrições; relação, subordinação; nexo, sentido”.



A busca do fortalecimento da identidade pessoal de cada um, numa interação de si mesmo com o outro e com o grupo, cria no grupo como um todo, um lugar, um matriz como de um “útero social” onde posso ser, estar e continuar sendo “eu mesmo”, do meu jeito, fortalecendo os três níveis de vinculação, criando cumplicidade, respeito, sentimento de inclusão e de fazer parte.  Claro que há aí, nesse “útero social” uma missão terapêutica feita de acolhimento, aceitação, inclusão, respeito, escuta, trocas e intercâmbios de relações.



A identidade fortalecida clarifica o direito à cidadania e estimula a participação na comunidade social redistribuindo os poderes, que não é tarefa fácil. Integrar a “voz do outro” é mais que a construção de um vínculo/responsabilização. É uma efetiva mudança na relação de poder entre os participantes, evidenciando segundo, Gramsci,“as possibilidades que tem o ser social de passar do reino da necessidade para o reino da liberdade” (Simionatto, 1998, p.45). Qualificando a dimensão cultural, dos saberes de cada um, uma reforma intelectual e moral: nela a constituição de sujeitos é privilegiada, pois os elementos como vontade, paixão e fé receberam em Gramsci mais importância do que a dinâmica das estruturas sociais objetivas.



A integração do participante como co-autor do seu processo de auto conhecimento e conjunto de expressividade de si mesmo e dessas interações evidencia o Ser social, com vida plena e digna representando um novo modo de “andar pela vida” , numa perspectiva que coloca a pessoa como sujeito de sua própria história, implicando em ampliação da responsabilização por si e pelo outro e pelo grupo em função do vínculo construído na afetividade, na confiança e no sentimento de pertencimento.



Mesmo assim, assistimos participantes dos grupos de biodanza que faltam sem avisar, sem qualquer cerimônia, por um lado exerce plenamente sua liberdade de ser e estar no mundo do seu jeito, por outro olvida o cuidado como a ética para estar no grupo, se importando com o mesmo e cada pessoa, numa responsabilização subjacente à àquela por si mesmo.



Há àqueles que saem do grupo sem comunicar de forma clara sua intenção de fechar aquele ciclo naquele grupo. Num jogo silencioso ou de fala desprovida de autenticidade onde se apresenta “desculpas” e “justificativas” para as reiteradas ausências sem construir para si mesmo e para o grupo uma manifestação autêntica de interesse em fechar o ciclo, quando for isso, muitas vezes, mantendo a situação indefinida por muito tempo. Tanto ocorre com o participante iniciante, e com aquele mais antigo no grupo e até mesmo com facilitadores que participam dos grupos regulares, o que chama ainda mais, a atenção para o fenômeno.



Sem falar da questão pontualidade para chegar no horário marcado para o início dos trabalhos. Claro que atrasos existem e podem acontecer. Porém, a pontualidade passa por diversas outras questões como maturidade afetiva nutrindo um sentimento de responsabilização para consigo mesmo e para o outro, que pode existir ou não numa pessoa. Pode ser uma necessidade de chamar a atenção para si, de infringir regras combinadas, num misto de narcisismo e sentimento de “menos valia encoberto com a mais valia” ou não quando o comportamento é habitual com outros padrões de resposta que mereceria um artigo exclusivo para tratar do tema. Incoerências, conflitos velados, inconscientes e conscientes.



Isso leva a pensarmos em duas perspectivas: Uma sobre a ética do cuidado, e a outra sobre a dança da amizade na prática vivida do cotidiano.

O cuidado é a essência concreta do ser humano.

Por ética do cuidado Boff entende "um consenso mínimo a partir do qual possamos nos amparar e elaborar uma atitude cuidadosa, protetora e amorosa para com a realidade... esse afeto vibra diante da vida, protege, quer expandir a vida". A ética da responsabilidade se orienta, segundo Boff, pelo seguinte princípio: "Aja de tal maneira que sua ação não seja destrutiva. Aja de tal maneira que sua ação seja benevolente. Ajude a vida a se conservar, a se expandir, a irradiar". E, por fim, a solidariedade é o elo final que amarra essa tríade de valores capazes de estabelecer, diz Boff, "um patamar mínimo para que alcancemos um padrão de comportamento que seja humanitário, isto é, tratando humanamente os seres humanos e tratando bem a vida que vai além da nossa vida". (Leonardo Boff, 1999, Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra)

Atualmente a palavra “sustentabilidade” tem-se interdisciplinarizado no meio prático e teórico nas mais abrangentes discussões. O panorama do Planeta Terra, com todas as conseqüências perigosas e lamentáveis de nível ecológico, tem levado a pensar o papel do homem, quanto a responsabilidade histórica, mais também às medidas a serem tomadas para frear esse processo de decadência da vida.

Rolando Toro trouxe para a Biodanza e para o mundo o princípio Biocêntrico onde a vida se coloca no centro e são fomentadas todas as iniciativas para cuidar, sustentar e propiciar o florescimento da vida. Toro muito antes do acalorado tema da ecologia atual, já pensava numa ecologia integral, como sendo uma ecologia interna norteada pela própria autenticidade e coerência como impulso para agir na vida numa unidade coerente entre o que se pensa, sente e faz. Um convite muito forte e profundo. Essa ecologia interior se expressando numa ecologia vinculativa com o meio, considerado tudo e todos, em toda forma de vida. Num convite Ser e ter a vida como algo “sagralizado” e precioso, muito diferente da banalização da vida que assistimos em nossa sociedade violenta uma prática anti-vida.

Portanto, parece óbvio pensarmos nos níveis de vínculo, dentro do pensamento e do princípio biocêntrico como algo coerente que integra a vida e sua prática cotidiana, onde as pessoas teriam atitudes de cuidar da vida, de modo a promoverem a vida e a sua sustentação, nas coisas mais banais do nosso dia-a-dia e não como algo distante do cotidiano como sermos pontuais quando combinamos, estar disponíveis de modo natural e espontâneo quando nos comprometemos, cuidar do grupo quando não podemos manter àquele compromisso assumido, seja  avisando, se for um atraso, uma falta ou a saída do grupo.

A “dança da amizade” que é algo tão bonita, delicada, e profunda que mereceria ser um tema exclusivo.  Que de forma sucinta e pegando emprestado de Cássia Regina em seu livro: Gestos, Palavras e Músicas que sempre foi um dos meus livros de cabeceira por muitos anos, na página 59 e agora também no livro de Maria Lucia Pessoa “Biodanza Vida e Plenitude” na página 158 - “Dança da Amizade, linha da afetividade, 1 – descoberta do amigo. 2 – Olhar o mundo juntos (braços entrelaçados na cintura) 3 – Aparecimento das diferenças e afastamento (posição iniciação da dança de luta, separação) 4 – Confronto e a reconciliação (após andar pelo grupo, abraça o amigo) 5 -  Construir juntos o mundo onde deseja se viver. Semear retirando dos genitais e eu acrescentaria também, retirando do coração.  Plantar, cuidar, podar, colher, usufruir  6 - Colher, saindo do solo até o alto.  7 – Descobrir novos amigos  8 – Construção da comunidade humana.

A dança na linha da afetividade e criatividade, objetiva compreender como cada um experimenta as diversas fases da amizade. Promovendo a solidificação da amizade sincera. Reconhecendo a singularidade de cada um, desenvolver a sinceridade nutritiva nas relações interpessoais. Acolher-se e acolher o outro.

Num paralelo com nosso cotidiano e as nossas amizades que são construídas, muitas vezes, baseada nas afinidades, admiração e sentimentos afins, quando percebemos as diferenças na singularidade de cada um, uma tendência normal é de afastar ou “esfriar” a relação de amizade, ou invés de reconhecer a riqueza da singularidade, da diferença e aprender com essas diferenças indo ao encontro ao invés de competir.

Esse movimento de após um afastamento, reconhecer o outro como legitimo outro eu igual a mim mesmo, peculiar, diferente que seja, mas seguir dançando a continuidade, o recomeço, o reencontro na amizade é ainda, uma dança que no cotidiano precisamos seguir dançando, experimentando, reconectando e vivenciando até que possamos nos ampliar e ampliar a afetividade sincera nos vínculos de amizade.

Abrir-se não é tarefa fácil, é preciso de afetividade e disponibilidade, de autenticidade e coerência consigo mesmo, capacidade de entrega, confiança e leveza na reconciliação, perdoar, se necessário, rever posicionamentos e atitudes ampliando nossa compreensão. De modo a promover a própria vida, a vida do outro, e da comunidade. Despir-se do medo da rejeição, da traição, da deslealdade, difamação e fofocas e todos os demais sentimentos afins, dos quais estamos impregnados deles.

Fica o convite à nossa comunidade de Biodanza para essa integração, inclusão de todos, participação cada vez mais, coletiva, a partir de cada um, inclusive enquanto movimento do coletivo do biodanza no Brasil e no mundo. Abrindo espaços para o novo, novos didatas, novos facilitadores. Buscando maior inserção da biodanza no mundo, oferecendo ao sistema essa ferramenta poderosa de humanização com efeitos terapêuticos, podendo servir na saúde em práticas preventivas, na escola, nas empresas, na ação social levando fortalecimento da identidade e à cidadania. São tantas as possibilidades da biodanza em praticar o bem, atingindo grande número de pessoas participantes de uma única vez, que esse convite para o mundo precisa ser reiterado todos os dias. Deixo o convite para que vejam o “projeto: Biodanza para todos” no site: www.biodanzagp.com.br , link projeto. 

 O Convite para que dancemos mais a dança da amizade nos grupos e na vida fazendo mais aproximações e reaproximações do que afastamentos. Novas atitudes e posturas mais e mais coerentes, conectados com o princípio biocêntrico, apoiando, sustentando a vida, desde pequenos gestos, como pontualidade, se colocar com clareza, autenticidade e transparência para o outro, reconhecer as diferenças e seguir caminhando juntos, aceitando o outro como legítimo outro eu, merecedor da vida e luz como você mesmo e justo por isso, enriquecendo as trocas, as possibilidades de encontro em meio a tantos afastamentos e desencontros. Apoiando mais uns aos outros, prestigiando, indo ao grupo um do outro, reconectando, qualificando mais e nos juntando em ações coletivas em prol do movimento da biodanza e da vida.

Aceitando o convite de Santo Agostinho: para olharmos mais o outro como possível igual, irmão, em suas necessidades e desejos, semelhantes a nós mesmos. Ao invés de olharmos como “adversários”, “inimigos”, concorrentes e coisas afins.  Quem sabe a afetividade passando pelo coração de forma autêntica possa criar mais pontes, solidariedade, amizades, encontros, acolhimento, inclusão, compreensão generosa numa via de dupla mão: dando e recebendo, num impulso onde você pode tomar a iniciativa ao invés da espera passiva.

Gisele Parreira, didata e facilitadora de Biodanza, didata e psicanalista clínico. Site: www.biodanzagp.com.br e blog: www.biodanza-gp.blogspot.com – email e msn: parreiragisele@yahoo.com.br



Biodança pode ser benéfica para mulheres com fibromialgia

Biodança pode ser benéfica para mulheres com fibromialgia

Cristina Almeida


Uma sessão de biodança por semana, por três meses, parece ser o suficiente para melhorar o quadro de dor em mulheres com fibromialgia, além de aprimorar sua composição corporal. Esse é o resultado de uma pesquisa dirigida por Ana Carbonell-Baeza, do departamento de Educação Física e Desportiva da Universidade de Granada, na Espanha.

O estudo, publicado pelo Journal of Alternative and Complementary Medicine, em outubro passado, somou-se a outra investigação semelhante, realizada por especialistas em enfermagem no Brasil. Pesquisadores das Universidades do Ceará e de São Paulo, em 2008, já concluíram que a biodança pode atenuar patologias, como transtornos mentais, diabetes e hipertensão arterial, especialmente na população idosa.



Para Maria Angelina Pereira e Maria Luiza Appy, diretoras da Escola Paulista de Biodanza (este é o nome original da modalidade), tais resultados apenas confirmam o que elas já observaram em mais de 25 anos de prática.


De acordo com as especialistas, o método idealizado pelo psicólogo chileno Rolando Toro, na década de 1960, foca cinco potenciais humanos: vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência. “Todos esses elementos são acionados por meio de exercícios vivenciais, orientados para o equilíbrio das funções psicológicas e respiratória. Além disso, eles auxiliam na recuperação de habilidades motoras, eliminam tensões, rigidez muscular e sintomas psicossomáticos”, explica Angelina.


Segundo Appy, todos podem se beneficiar da prática, até mesmo portadores de alguma necessidade especial. Embora a biodança basicamente não apresente contra indicações, Angelina afirma que algumas situações requerem maior atenção: “Casos pré psicóticos ou psicóticos devem ser acompanhados por profissionais especializados”.


As aulas exigem atividade grupal com a participação de, ao menos, 8 pessoas. As atividades são semanais e têm duração média de duas horas. Esse tempo é dividido por uma parte verbal, e outra de movimento-dança. A recomendação das especialistas é que a freqüência seja mantida, até que se incorporem as vivências, ou se consolidem as mudanças alcançadas. “Cada pessoa é responsável pelo seu processo, e vivencia o que é possível para seu momento de vida”, fala Angelina.


De acordo com a diretora, já nas primeiras aulas é possível sentir algumas diferenças na forma de se comunicar consigo e com os outros. A percepção do corpo em movimento, o cuidado pessoal e a auto-estima se modificam. “E tudo repercute na capacidade de estar presente, se posicionar e perceber o que se sente e como se interage com o mundo. A saúde física e psicológica agradece", diz.


As especialistas relatam ainda várias situações de superação que vão desde depressão, melhora da qualidade de vida em pacientes com Parkinson, até reabilitação de menores delinqüentes. “Biodanza não cura o mal, mas melhora o ânimo dos doentes”, diz Marlise. Ela também garante que a modalidade melhora a auto-estima, o humor e a comunicação. "As pessoas ficam mais conscientes de suas possibilidades e limites, e isso lhes confere maior sensibilidade em relação à própria vida”, conclui Angelina.


MODELO TEÓRICO DA BIODANZA SISTEMA ROLANDO TORO






BIODANÇA E OS 7 PODERES DA BIODANZA

1 - Música
2 - Dança3 - Vivência
4 - O Grupo
5 - Contato e carícia
6 - Transe e Regressão
7 - Expanção da consciência


A biodança propõe exercícios que geram sempre processos integrativos e que vão desde a integração motora, afetivo-motora, sensitivo-motoro e até sensório-motora.


E o que é a biodanza ?
A Biodanza é um sistema de aceleração de processos integrativos a nível celular, metabolíco, neuroendócrino, imunológico e existencial, mediante ambiente enriquecido com músicas específicas, movimentos integrativos, carícias que deflagram vivências.
Promove a integração entre os sentimentos, pensamentos e ação e facilita a harmonização do ser humano em vários níveis:


1 - CONEXÃO CONSIGO, expressando cada um a identidade
2 - Com o OUTRO, proporciona o encontro humano, com base na convivência e na aceitação das diferenças
3 - Com a TOTALIDADE, conectando-nos com a natureza, despertando o sentimento de sacralidade e respeito por toda forma de vida.


COMO ?


O método esta baseado na indução de vivências integradoras, em ambiente enriquecido pela música, movimento integrado, carícias e situações de encontro em grupo. Favorecendo o desabrochar da identidade, a apartir do encontro com o outro, criando e mantendo vínculos, numa construção da rede ecológica humana.


PARA QUEM ?
Todos podem praticar a biodança e não requer preparação prévia. Eleva a vitalidade, a alegria e promove a convivência. Estimula a criatividade existencial, possibilitando a redescoberta do prazer de ser, expressar, criar, amar, agir, partilhar, conviver....


NÃO É NECESSÁRIO SABER DANÇAR, para integrar a dança da vida basta querer.


BIODANZA FAVORE OS POTENCIAIS DE:
1 - Aumento de AUTO-ESTIMA e da MOTIVAÇÃO PARA VIDA;
2 - EXPRESSÃO INTEGRADA de sentimentos mais profundos;
3 - REFORMULAÇÃO dos nossos valores culturais tendo a VIDA como referência primordial da

existência, ou seja, biocêntrica;
4 - Integração da IDENTIDADE originada no encontro humano;
5 - Capacidade de RELACIONAR-SE de uma forma mais terna e poética com as pessoas;
6 - EXPRESSÃO das nossas POTENCIALIDADE, desenvolvendo cinco linhas de vivências:
VITALIDADE
SEXUALIDADE
CRIATIVIDADE
AFETIVIDADE
TRANSCEDÊNCIA



7 - EQUILIBRIO neurovegetativo e efeito HARMONIZADOR ORGÂNICO;


ARQUETIPO E BIODANZA: UMA POSSIBILIDADE ALQUIMICA

Arquétipo e Biodanza: uma possibilidade alquimica


Por Kátia Alves

RESUMO

A proposta deste artigo é estimular novas possibilidades terapêuticas. Dando continuidade à pesquisa realizada por Maria Amélia Marquês, estabeleceremos correlações entre a Terapia Analítica, de Jung, e o Sistema Biodanza, de Rolando Toro. Observaremos a fusão no que é similar entre as duas teorias, de forma a que cada uma não perca a sua especificidade e autonomia, mas que possam– juntas – gerar novos insights, experimentos, compreensões e questionamentos, ampliando a visão e o conhecimento de um possível facilitador para as manifestações arquetípicas: uma alquimia terapêutica. A Biodanza, por sua metodologia e seu modelo teórico, favorece a vivências com os símbolos, mitos e arquétipos, fornecendo vasto material à Psicologia Analítica. Desta maneira, promove a complementação destas duas vertentes, facilitando uma integração mais harmoniosa do indivíduo com o mundo em que vive. Através da música e do movimento dotado de sentido (dança), tornam-se manifestos os arquétipos do Inconsciente coletivo. Assim sendo, as vivências simbólicas e arquetípicas, em Biodanza, resgatam movimentos naturais do ser humano, melhorando o seu desempenho existencial, gerando novas escolhas em seu percurso de vida, estimulando soluções para seus problemas, para que possa responder com mais assertividade, leveza, sintonia e confiança às solicitações cotidianas.


INTRODUÇÃO

A Terapia Analítica, de Jung, e o Sistema Biodanza, de Rolando Toro, apresentam muitos pontos em comum. Jung citou em um de seus escritos que esperava que outros teóricos dessem prosseguimento ao seu trabalho (Jung, o homem criativo, Luiz Paulo Grinberg, 1997, p. 67), levando-o para o âmbito corporal. Rolando Toro nomeou-se um dos que promoveram a continuidade da proposta junguiana, aliando a linguagem corporal às descobertas sobre Inconsciente Coletivo e arquétipos. Atuando na prática da teoria, Toro propiciou um espaço para a interação entre Biodanza e Psicologia Analítica: este encontro favorece uma alquimia em que os elementos teóricos se transformam, estimulando reflexões e questionamentos na prática terapêutica.

Jung e seus seguidores trabalharam em um nível pessoal e isoladamente, tendo como objetivo o desenvolvimento do self (a si mesmo). Rolando Toro defendeu a idéia de que não há desenvolvimento possível sem a interação com o outro (o alter). Daí, seu trabalho tem sido em um nível coletivo, agregando pessoas, buscando o ser integral.  Partindo do pressuposto da existência dos “arquétipos do inconsciente coletivo”, que somente podem ser reconhecidos quando se manifestam através dos complexos, sonhos e delírios ou símbolos, verificaremos que a utilização da música e do movimento, no Sistema Biodanza, podem deflagrar manifestações arquetípicas, promovendo maior integração do indivíduo consigo mesmo e com os outros seres humanos, relacionando-se de forma mais efetiva em seu universo existencial.



RELAÇÃO ENTRE TERAPIA ANALÍTICA E BIODANZA

A Biodanza, ao longo de sua construção, apropriou-se de alguns conceitos junguianos para dar consistência à sua teoria e embasamento ao trabalho vivencial. Ao falarmos da possibilidade de manifestação arquetípica pelo movimento, torna-se necessário traçar uma comparação entre alguns conceitos da Terapia Analítica e da Biodanza.

O conceito de identidade é básico para as duas teorias, que buscam a autonomia do indivíduo: a organização de um sistema independente, capaz de realizar ações diferenciadas, conservando, no entanto, uma perfeita integração em um sistema maior. Um dos processos mais evoluídos dos seres humanos é o aparecimento da identidade.

Segundo Rolando Toro, identidade é a vivência de se constituir uma criatura única em ressonância e intimidade com todo o ser vivente. A identidade saudável segue sempre unida a uma percepção corporal unitária de limites claros, com tendência à ação assertiva no mundo. Para Jung, identidade é self atingido pelo processo de individuação. O conceito de individuação junguiano assemelha-se ao conceito de evolução da Biodanza, pois ambos propõem que o ser humano já nasce com o potencial que poderá ser desenvolvido em toda a sua vida. Para a Terapia Analítica, de Jung, o processo de individuação é conceituado como um caminho que se percorre em cumprimento a uma tendência natural do homem, no sentido de tornar-se indivisível e distinto de outras pessoas: um ser humano único, inteiro. Este processo segue curso inconscientemente.

Porém, o homem poderá conscientizar-se e influenciar este caminho. Individuação é voltar-se para o próprio centro, princípio organizador, o self. Os fenômenos descritos por Jung estão ligados à sua experiência pessoal, a seu trabalho com pacientes e suas pesquisas com alquimia.

No processo de evolução, em Biodanza, segundo Rolando Toro, o termo ‘evolução’ significa integração, harmonia, força expressiva autônoma e criativa, vínculo com toda a forma de vida: é uma tendência natural em todo ser vivente, é transformação e desenvolvimento. O processo evolutivo é associado ao conceito de biocentrismo (Princípio Biocêntrico): a ‘vida como centro’ é a caminhada de todas as formas de vida rumo ao seu destino, cada uma evoluindo em consonância com as outras manifestações de existência.

“Da mesma forma que a totalidade do ser é o objetivo oculto inerente a cada semente e almejado por todos os meios, a alma do homem é orientada para o seu desenvolvimento, para a sua ‘inteireza’ mesmo que ela não esteja ciente disso e até resista à sua realização.

O caminho da individuação é inscrito profundamente no curso da vida do homem– embora seja inicialmente apenas um traço. O desvio desse caminho está relacionado ao perigo das perturbações psíquicas”. (JACOBI, Jolande. Complexo, arquétipo, símbolo na psicologia de Jung, p. 104). A terapeuta junguiana, Jolande Jacobi, citou a semelhança do processo de individuação com o desenvolvimento do potencial inserido na semente. Em Biodanza, se dança este processo de evolução ou individuação através da ‘dança da semente’, em que o ‘aluno’ entra em contato com a energia evolutiva que está em constante movimento ascendente. A música é o elemento que impulsiona o crescimento da terra à luz, ao alto.

Não se trata, apenas, da individuação do ser, mas da evolução do organismo imenso do qual todos nós fazemos parte.


DO INCONSCIENTE COLETIVO AO INCONSCIENTE VITAL



O inconsciente tem duas naturezas, uma pessoal e uma impessoal (coletivo e vital). A Psicologia Analítica amplia o conceito de inconsciente pessoal, criado por Freud, visualizando no seu centro um princípio ordenador, o self, um centro que emana energia.

Os conteúdos constitutivos da personalidade individual fazem parte do inconsciente. Os conteúdos do Inconsciente Coletivo, segundo Jung, representam a base da psique e, em geral, são de uma regularidade, expressando uma base instintiva também universal. Correspondem às camadas mais profundas do inconsciente, aos fundamentos estruturais da psique comuns a todos os homens. O Inconsciente Coletivo compreende toda a vida psíquica de nossos antepassados desde os seus primórdios.

Rolando Toro complementou o trabalho iniciado por Jung no campo da abordagem corporal, criando o Inconsciente Vital. “O Inconsciente Vital, inventei-o a partir dos novos estudos da biologia onde se descobriu um objetivo nas células. As células se comportam com um objetivo especial (...) alguns tecidos, algumas células para não serem devoradas por macrófagos utilizam toda uma inteligência diferente (...) um psiquismo biológico que talvez seja mais profundo que Inconsciente Coletivo”. (TORO, Rolando. Coletânea de textos, p. 54).

A Biodanza ativa e acessa o Inconsciente Coletivo. As vivências atuam sobre os sistemas corporais e, assim, atuam também sobre o Inconsciente Vital, desobstruindo e vitalizando os canais por onde flui a inteligência do psiquismo orgânico, ativando os transmissores, neurotransmissores, ácidos e tudo o mais que regula a vida corporal. A proposta do Inconsciente Vital, assim como o Princípio Biocêntrico ao qual está subordinado, rompe com a dicotomia entre a visão organicista, que dá ênfase aos processosbiológicos, e a visão culturalista, em que há um determinismo dos fatores relacionais emocionais.

A Hipótese de Gaia (Lovelock, 1991) concebe o planeta Terra e todo o Universo como um grande ser vivo, que nasce, cresce e virá a morrer. Toro utiliza-se desta concepção e a associa à compreensão dos fatores biológicos constitutivos do inconsciente, para propor o conceito de Inconsciente Vital, que abrange a memória de todo o universo, desde a sua criação, e incorpora todas as possibilidades e formas de vida existentes em toda a extensão do Cosmos.

As vivências, em Biodanza, mobilizam as três dimensões do inconsciente: o pessoal, na integração corporal, em danças de integração motora, vivências específicas para diluir tensões musculares (couraças), integração dos três centros (sentir, pensar e agir), marcha, saltos, etc; o coletivo, no contato com o arcaico, às imagens primordiais, vivências das Posições Geratrizes, Quatro Animais, Quatro Elementos, etc; o vital, no acesso à inteligência do psiquismo biológico do Universo e nas reações bioquímicas do organismo, através de vivências de comunicação e encontro, carícias e erotismo, regressão pelo transe, jogos de alegria, humor e riso e reações sinestésicas de prazer. A proposta de Jung é a de que se deve considerar os instintos como processos que são inconscientes, herdados, que têm regularidade universal e manifestam-se como necessidades compulsivas, isto é, têm caráter reflexo. Segundo a Biodanza, a cultura construída em valores de anti-vida obstrui, desorganiza e perverte os instintos, dando origem à patologia social e individual. A tarefa dos facilitadores é restaurar a base instintiva da vida, buscando orientação nestes impulsos primordiais. Os instintos constituem uma rede sistêmica, com representação bioquímica e projeção direta sobre o comportamento e o estilo de vida.

Em relação ao arquétipo, sua origem etimológica é o radical grego ‘arche’, que se refere ao início, à origem; ‘tipo’ deriva de um verbo grego que significa ‘golpear’ e do substantivo que se refere à impressão ou modelo. Assim, o arquétipo quer dizer o modelo a partir do qual são impressas cópias, o padrão subjacente, o ponto inicial a partir do qual alguma coisa se desenvolve.

Para Jung, aquilo que ocorre na consciência individual são sempre imagens arquetípicas, ou seja, manifestações concretas e particulares que sofrem influência de fatores socioculturais e individuais. A noção do que entendemos por ‘arquétipos’ é em si irrepresentável, mas tem efeitos que nos permitem visualizá-los através da produção das ‘imagens arquetípicas’: um mundo repleto de estímulos, atributos, imagens, metáforas e metonímias que possuem significados correspondentes para cada um de nós. Arquétipos são princípios organizadores universais (cósmicos) que afetam as particularidades da existência (inclusive humana). Portanto, podem se manifestar em nossa psique individual,
na forma de conteúdos míticos cujas origens encontramos nos antigos gestos, costumes, emoções e culturas humanas. Quando os arquétipos se manifestam, os indivíduos contemporâneos contam a história psicológica da humanidade, seus valores, crenças, medos, religião, etc.

Os instintos e os arquétipos formam conjuntamente o Inconsciente Coletivo. Como todos possuímos um conjunto de instintos, também possuímos um conjunto de imagens primordiais, ou arquétipos, que podem se manifestar em qualquer hora ou lugar durante o percurso da nossa vida.

O próprio Jung afirmou ser impossível provar a existência dos arquétipos Eles somente são provados quando se manifestam concretamente. Ao ser tocado pelo consciente, o arquétipo pode se tornar manifesto e receber uma forma. Na esfera biológica,por exemplo, a expressão do arquétipo aparece no impulso do movimento, na expressão pela arte, etc. Na esfera espiritual, manifesta-se como imagem ou idéia transcendente ou numinosa. “Toda vez que um arquétipo aparece no sonho, na fantasia ou na vida, ele traz consigo uma força que impele à ação”. (Jung, Carl. Psicologia do Inconsciente, p. 62).

Esta força que impele à ação é a que nos leva a ‘dançar’ o arquétipo. Rolando Toro fundamenta as vivências arquetípicas na afirmação de que, desde os primórdios da história humana até nossos dias, o homem realiza alguns gestos eternos, gestos que são capazes de induzir vivências profundas de transcendência e gerar danças harmonizadoras e integradoras, através da força expressiva que surge a partir desses gestos eternos.

Selecionou alguns gestos e posições manifestados inúmeras vezes em diversas culturas através da arte e os chamou de Posições Geratrizes. Entre outras vivências, é através das Posições Geratrizes que esses potenciais humanos são expressos e conseqüentemente expandidos pela dança criativa por eles gerada. Portanto, acessamos a energia do arquétipo que, ampliada pela dança, cria uma unidade entre espírito, psique e corpo. As Posições Geratrizes, através da dança, estimulam as energias psíquicas do Inconsciente Coletivo e vitais do Inconsciente Vital. Elas acessam as energias psíquicas e trazem, pelo movimento, a energia vital, que se expande pelo organismo e, conseqüentemente, leva a uma estruturação simbólica do psiquismo pela imagem arquetípica. Rolando Toro apresenta a possibilidade de movimentar o que é simbólico, atuando na energia vital, pois somente com vivência é que se pode estimular a potencialidade de um arquétipo.

SÍMBOLOS E MITOS

A diferença entre símbolo e arquétipo é que este é invisível, posto que é um potencial, uma inspiração; o símbolo é a música, a arte, a imagem. O arquétipo é universal e imutável, enquanto o símbolo expressa o arquétipo dentro da história de cada cultura e no ‘aqui e agora’.

A Biodanza possibilita movimentar o que é simbólico, manifestando-o através do gesto. A energia aglomerada sob o domínio do arquétipo leva o indivíduo para além do símbolo:
o ‘aluno’ entra em contato com a energia do arquétipo, criando uma dança que expressa o seu inconsciente, ativando o psíquico e o físico e tendo como resultado a renovação orgânica, função estruturante que amplia os potenciais de cada pessoa.  As danças arquetípicas, em Biodanza, como a Dança dos Quatro Elementos, possibilitam uma transmutação alquímica aos participantes. Jung pensava que a alquimia, verificada à luz do simbólico, poderia ser considerada um dos precursores ao moderno
estudo do inconsciente e, em particular, de interesse analítico na transformação da personalidade. Um dos objetivos dos alquimistas dos séculos XV e XVI era a libertação da alma humana. A alquimia elucida o modo como um relacionamento com outra pessoa promove um crescimento interno. A estranha combinação de um lugar no mundo, num tempo determinado, dentro de uma particular circunstância emocional, o que chamamos de vivência é, antes de tudo, o resultado alquímico de um encontro do ser humano com outro ser humano, com o mundo, com a natureza, com os objetos ou com o insondável infinito.

Outras danças arquetípicas são as dos Quatro Animais, que mobilizam arquétipos psicomotores, revelando a percepção da pessoa quanto ao seu movimento corporal e existencial (sua atuação no mundo). Estas danças simbolizam as forças da natureza e evocam possibilidades instintivo-motoras de extraordinário efeito revitalizador.

Já os mitos são narrativas lendárias pertencentes à cultura de um povo, que explicam através do apelo ao divino e ao misterioso a origem do universo, o funcionamento da natureza e a origem de valores básicos do próprio povo. Os exemplos mais impressionantes de símbolos coletivos são fornecidos pelas mitologias dos povos. A mitologia, como retrato vivo da formação do mundo, é a manifestação, o revestimento primário dos arquétipos, quando estes se tornam símbolos.

As vivências em Biodanza têm um valor integrador em si mesmas, evocando conteúdos primordiais, que se organizam segundo o modelo teleológico que orienta a criação da vida no universo, um princípio que Rolando Toro denominou de Biocêntrico: sua ação se baseia no sistema límbico-hipotalâmico, centro da conduta flexível das emoções e dos instintos. Evocando ou induzindo vivências, o facilitador de Biodanza ativa a memória arquetípica humana, promovendo uma profunda e necessária integração
entre o organismo biológico e a organização cultural (simbólica). Na possível busca do self, a Biodanza coloca o indivíduo dentro do labirinto, segurando a mão do Minotauro para ter energia de se atirar nos braços de Dionísio e, com muito prazer, descer ao reino de Hades, pedindo ajuda a Orfeu para sair de lá, caminhar entre terra, água, ar e fogo e, de repente, se plantar como semente para renascer, tal qual Fênix, e optar pela condição de ser vivente abandonando o estado de sobrevivente, superando os medos que ameaçam sua identidade e sua convivência harmoniosa na sociedade.

Transmutar é mudar essencialmente, mudar a essência, modificar a partir de dentro. Transformar é mudar de forma, mantendo a essência, modificar por fora. Quando ocorre uma transmutação interna, ocorre também uma transformação no comportamento e no estilo de vida. O processo de deflagração de vivências integradoras produz uma verdadeira transmutação alquímica. O ‘aluno’, quando dança, sente algo e, no movimento vivencial,metaboliza a condição deflagrada internamente por essa emoção no movimento sensível, na presença afetiva do outro ser humano e na expressão criativa do sentimento.

Transmutamos, bioquimicamente, sensações, emoções e vivências, chegando, muitas vezes, a realizar um salto evolutivo. A Biodanza busca uma mudança existencial em níveis cada vez mais amplos de conexão com a totalidade cósmica. O modelo Biocêntrico inclui- se entre os modelos biológicos de transmutação de energia por contato, encontro e carícia.

Durante o encontro criam-se campos energéticos das mais variadas intensidades e qualidades. No encontro, há sempre retroalimentação (feed-back). As complexas interações energéticas ocorridas em Biodanza, através dos exercícios, permitem a transmutação do medo em coragem, do sofrimento em plenitude de vida, da angústia em harmonia, da violência em amor, da fraqueza em força, do desequilíbrio orgânico em auto- regulação, da decadência biológica em renovação orgânica.



CONSIDERAÇÕES FINAIS



Jung trouxe de suas viagens ao seu interior as descobertas do Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Símbolos. Sendo um ‘introvertido’, foi às profundezas do inconsciente vivenciar solitariamente suas descobertas.
Toro apresentou a proposta de movimento corporal dos conceitos junguianos: o Princípio Biocêntrico de ‘dançar a vida’, a vida como centro, em um ato de conexão com o Universo, local onde tudo dança. Dançar a vida significando a transformação de uma cultura capitalista em uma cultura centrada no gozo de viver. Toro, sendo um ‘extrovertido’, buscou expandir as descobertas junguianas pelo mundo: um movimento expansivo ascendente.

As duas teorias, entretanto, complementam-se em forma e conteúdo: teoria e prática. Rolando Toro aprofundou, com as vivências da Biodanza, o trabalho iniciado por Jung.

Este artigo pretende ‘abrir portas’ por onde possam passar novas pesquisas e contribuições ao processo terapêutico, que possibilitem a formação de um ser humano mais pleno, em harmonia com o seu interior e com o universo externo. Portanto, falar em término de algumas idéias aqui contidas seria incompatível com a teoria junguiana e com a própria Biodanza: somos seres inacabados e, graças a isto, somos inquietos, questionadores e vivemos em constantes buscas. É o percurso de nossa existência neste planeta Terra.



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