sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O CORPO É SÁBIO, O HABITAMOS MUITO TEMPO ANTES DO RACIOCÍNIO E LINGUAGEM


O CORPO É SÁBIO, O HABITAMOS MUITO  TEMPO ANTES DO RACIOCÍNIO E  LINGUAGEM

DESPERTAR O PODER DA CORPOREIDADE MUSICAL  E ACORDAR A NATUREZA DA VIDA.

BIODANZA um caminho... muitas possibilidades

 

Há quem diga que alma que anima o corpo. Imaginemos que seja o contrário, o corpo que anima a alma, que conduz à vida concreta. Não há nada que venha a nós ou de nós, que não perpasse pelo corpo. 

Nossa cultura vigente exige que tenhamos um corpo escultural, como se o corpo fosse de mármore. O corpo nos protege, contém, apoia, alimenta,  atiça nosso interior, é um repositório para as recordações, sensações, supremo alimento da psique.

As sensações, impulsos, sentimentos, desejos, o peso, a forma, altura, leveza, elevação, movimentos interiores impregnam nosso existir, para provar que estamos vivos, que estamos aqui, ligados à terra. O corpo é lançador de foguetes, o detonador das experiências, sem ele, não haveria a sensação de entrada em algo novo, transformador e numinoso e transcendemos deslumbrados, contemplando a misteriosa noite estrelar. O corpo é um acelerador de processos metabólicos uns nos outros, quando olhando o corpo do outro com desejo, desencadeia uma neuroquímica no desejante e no desejado.

O corpo tem uma beleza,  um poder, uma sacralidade intrínseca quando é animado de dentro para fora, mas ignoramos toda essa graça, pelo poder cultural, que expulsou a corporeidade com torturas, vergonha, crenças, pecados, tabus contra a própria carne, especialmente às mulheres.

Precisamos despertar a psique selvagem, primitiva, instintiva, para compreender o corpo por seus próprios méritos, seu valor intrínseco, sua sacralidade, sua graça, sua beleza, sua dança graciosa e cheia de vida, sensualidade, exuberância, seu olhar, seu caminhar, seus gestos e seu sorriso aberto.

As críticas destrutivas e desdenhosas a respeito do corpo de uma mulher, privam-na de diversos tesouros psicológicos e espirituais preciosos e de vital importância, como o orgulho do próprio corpo, aprendeu a rejeitar a herança física e sua identidade corporal feminina, detestando o próprio corpo como poderá amar ?

Num mundo instintual, é inconcebível que uma mulher viva absorta com o jeito de sua aparência, cumprindo um mandado cultural. A mulher anseia por ser tratada com respeito, anseia ser aceita, por ser vista sem preconceitos, faminta e gritando para sair, quer terminar com as projeções desrespeitosas que outros lançam sobre seu corpo, seu rosto, sua idade e ela própria.

Resgatar a alegria do próprio corpo, numa dinâmica amorosa de aceitação, acolhimento, os estados de excitação, percepção e experiências sensoriais, ouvir música, a voz, sentir um perfume, uma carícia nos permitindo ver em profundidade o mundo e dar significados. O Self não precisa mover montanhas para se transformar, um pouco basta, a dança, a leveza, o toque. Balançar, gingar, movimentar, dançar cada gesto, pulsar do coração,  o corpo  é como um planeta, como a terra por si só,  o poder de ser e estar vivo, aqui e agora.

A Biodanza nos brinda com danças arquetípicas, danças inspiradas nos ritmos da vida, convidando perceber o próprio corpo iluminado pela graça de existir, de ser si mesmo e continuar sendo cada vez mais pleno.  By GP

 

 

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